terça-feira, 14 de maio de 2013

DIABÉTICO: COMO FAZER A CONTAGEM DE CARBOIDRATO?

Aplicando a contagem de carboidratos
Para o método de contagem de carboidratos é importante levar em conta o total de carboidratos consumido por refeição. A distribuição deverá obedecer às necessidades diárias, previamente definidas, deste nutriente associadas com a anamnese do indivíduo, onde se identifica o consumo real por refeição.
Entre os métodos de contagem de carboidratos existem dois que são mais amplamente utilizados.

Lista de equivalentes e contagem em gramas de carboidratos

No método 1, os alimentos são agrupados de tal forma que cada porção de alimento escolhido pelo paciente corresponde a 15g de carboidratos, classificando-os em categorias (grupo de alimentos) e porções de uso habitual de nossa realidade. Os grupos são formados com base na função nutricional e na composição química.
A lista de equivalentes, trocas, substitutos ou escolhas classifica em categorias e porções baseadas em gramas de carboidratos, proteínas e gordura. Usar a lista de equivalentes no plano alimentar facilita a contagem de carboidratos.
No plano alimentar, pode haver trocas de porções de amido por porções de frutas. Isto pode acontecer porque um equivalente de cada porção de amido ou fruta fornece 15g de carboidratos. Os alimentos do grupo do leite fornecem 12g de carboidrato.
O método 2 consiste em somar os gramas de carboidratos de cada alimento por refeição, obtendo-se informações em tabelas e rótulos dos alimentos. Pode-se, de acordo com a preferência do paciente e com os carboidratos predefinidos por refeição, utilizar qualquer alimento (Tabela 2). É importante lembrar que o peso do alimento (em gramas)é diferente do total (em gramas)de carboidrato do alimento. Um alimento pode pesar 250g e conter apenas 15g de carboidrato.
É possível utilizar o manual para avaliar gramas de carboidratos de uma refeição.


Qual o melhor método?
O método de contar carboidratos por gramas oferece informações mais precisas, porém mais trabalhosas, pois para o bom ajuste é importante que se pesem e meçam os alimentos, utilizando informações de embalagens e tabelas de referência. Estimar carboidratos por substituições é um método mais simples, mas não tão preciso.
A escolha do método deve ir ao encontro da necessidade do paciente e à do profissional responsável pela orientação, sendo que muitas vezes estes métodos podem ser utilizados ao mesmo tempo.

Iniciando a contagem de carboidratos
Após definidas as necessidades nutricionais (valor energético total [VET]), calcula-se a quantidade de carboidratos em gramas ou por número de substituições por refeição.

Contagem de carboidratos em diabetes melito tipo 2 (DM2)

Verifique um exemplo de como poderia acontecer:
* calcula-se o VET de 1.800kcal;
* consideram-se 60%de CHO – isto se traduz em 270g de CHO a serem distribuídos no dia todo;
* de acordo com a anamnese, define-se a quantidade de carboidratos/refeição (na Tabela 3 é apresentada apenas uma refeição: café da manhã).
Deve-se observar que há diferenças entre os dois métodos no total de carboidratos por refeição.No método 1, o total é de 60g, relativos a 4 substituições x 15. No método 2, o total é de 51g. Esta variação não implica erros, mas deverá ser considerada na prescrição do tratamento, sendo a monitorização primordial para o sucesso da terapia.


Em pacientes com controle alimentar exclusivo e/ou em uso de antidiabético oral, é importante estimular a ingestão das mesmas quantidades de CHO por refeição, sempre nos mesmos horários. No exemplo são utilizados 51g de carboidratos ou quatro substituições para o café da manhã.
Existem situações especiais em que pacientes com controle alimentar e em uso de antidiabético oral que estimula a liberação da insulina e que é utilizado nas refeições devem ser considerados pela equipe para maior flexibilização do plano alimentar.

Contagem de carboidratos em diabetes melito tipo 1(DM1)
Em terapia convencional
Seguindo o exemplo abaixo é possível visualizar as condutas para o DM1 em terapia convencional.
Verifique um exemplo de como poderia acontecer:
* um adulto com diabetes tipo 1;
* calcula-se o VET de 2.500kcal;
* consideram-se 60%de CHO – isto se traduz em 375g de CHO a serem distribuídos no dia todo;
* de acordo com a anamnese, define-se a quantidade de carboidratos/refeição (na Tabela 4 é apresentada apenas uma refeição: café da manhã).
Deve-se observar que há diferenças entre os dois métodos no total de carboidratos por refeição. Utilizando-se o método 1, o total é de 75g, relativos a 5 substituições x 15. Pelo método 2, o total é de 65g. Esta variação não implica erros, mas deverá ser considerada na prescrição do tratamento, sendo a monitorização primordial para o sucesso da terapia.
Assim como no DM2, é importante estimular a ingestão das mesmas quantidades de CHO por refeição, sempre nos mesmos horários. Nesta terapia não existe a possibilidade de flexibilização das quantidades de carboidratos a serem ingeridas, apenas das substituições.

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